Dores na Mandíbula? Pode ser DTM!

A DTM, também conhecida como Disfunção da ATM e Disfunção ou Distúrbio Temporomandibular, é o conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas.

Estudos epidemiológicos estimam que 40% a 70% da população no planeta apresentem pelo menos um sinal de DTM, como ruídos na ATM e 33% pelo menos um sintoma, como dor na face ou na ATM. Ainda assim, poucas pessoas conhecem a disfunção ou mesmo buscam tratamento correto.

A DTM é uma doença multifatorial, ou seja, apresenta várias causas, dentre elas podemos citar:

1. Hábitos parafuncionais que sobrecarregam a ATM e estruturas associadas a ela, como apertar ou ranger os dentes (bruxismo), roer unhas, etc.
2. Traumas na região bucal como socos, quedas, batidas, etc.
3. Transtornos emocionais como ansiedade e depressão
4. Fatores sistêmicos ou locais
5. Fatores genéticos ou autoimunes
6. Tumores na região

Entre outros.

As alterações na ATM podem provocar um ou mais sintomas como dores de cabeça frequentes, dor no ouvido, dor no fundo do olho, estalos ao abrir e fechar a boca, dor na face, nos dentes, nuca e ombros, sensibilidade nos dentes, dor ou coceira no ouvido, zumbido, vertigem, dificuldade para mastigar, falar, deglutir ou bocejar, irritabilidade crônica, desvio e limitações dos movimentos mandibulares, travamento de mandíbula.

Os termos são comumente usados como sinônimos, mas são coisas distintas.

ATM, ou articulação temporomandibular, é a articulação que permite a movimentação da mandíbula. Ela fica próxima ao ouvido e podemos senti-la se tocarmos na região enquanto abrimos e fechamos a boca.

Bruxismo é o hábito de ranger ou apertar os dentes, o que pode acontecer enquanto estamos dormindo ou acordados.

DTM, ou disfunção/distúrbio temporomandibular ou disfunção/distúrbio da ATM, é um distúrbio que ocorre quando há uma sobrecarga ou mal funcionamento da ATM que gera uma série de dores e incômodos.

A severidade da DTM varia de pessoa para pessoa e pode depender de fatores como a causa, a presença de condições médicas associadas e a resposta individual ao tratamento. No entanto, na maior parte dos casos, a condição não é considerada perigosa.

Ainda assim, é preciso estar atento e buscar tratamento pois a DTM, quando não tratada, pode levar a complicações mais sérias, como danos permanentes à articulação e aos dentes, limitações severas na abertura da boca e impactos na qualidade de vida.

A DTM não tem cura, mas tem controle. Por este motivo aqui na Clínica Simone Carrara além de investirmos no tratamento da disfunção, também focamos na reeducação de hábitos e em informação de qualidade para os nossos pacientes. Essas ações fazem muita diferença durante e após o tratamento, evitando que o paciente volte a ter crises.

Sim e é mais comum do que se imagina. O nosso paciente mais novo tinha meses de idade (sim, meses) quando os pais notaram estalos na mandíbula toda vez que o neném abria a boca. Ainda na primeira consulta, nós conseguimos identificar o problema que estava causando a sobrecarga da mandíbula da criança e corrigi-lo.

A placa interoclusal é super importante no tratamento da DTM, mas ela sozinha nem sempre vai ser suficiente para controlar os sinais e sintomas da disfunção.

Por isso, o diagnóstico e plano de tratamento feito por um dentista especialista em DTM é fundamental para garantir o resultado.

Sempre que você sentir um dos sinais e sintomas da disfunção.

Quando as dores e incômodos surgem está na hora de buscar tratamento para que o quadro não se agrave ou tenha impacto na sua qualidade de vida e relacionamentos pessoais e profissionais.

É uma estimativa difícil de fazer pois o tempo do tratamento pode variar significativamente de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade dos sintomas, da causa subjacente e da resposta individual ao tratamento.

Na grande maioria dos casos, a DTM pode ser gerenciada com sucesso com medidas não invasivas e mudanças no estilo de vida, enquanto casos mais graves ou complicados podem exigir intervenções mais prolongadas.

1. Nem todo dentista ou buco-maxilo é especialista em DTM. É necessário buscar pela especialidade.
2. A avaliação da DTM só pode ser feita com qualidade no consultório pois o profissional precisa fazer a palpação da face para verificar problemas físicos na sua ATM.
3. Ter um dos sinais e sintomas já é suficiente para que você busque ajuda profissional.

Você pode evitar uma piora do seu quadro de DTM com 5 atitudes cotidianas simples.

1. Desacelere e cuide do seu emocional
Rotinas muito estressantes e de muita ansiedade agravam os sinais e sintomas da DTM.

2. Movimente o corpo
Fazer uma atividade física leve/moderada ajuda no seu bem-estar, melhora o seu sono, fortalece o nosso "sistema anti-dor". Mas atenção, fuja de atividades que exijam o uso excessivo de força pois elas podem contribuir para o apertamento bucal e te gerar mais dor - espere a consulta com o especialista para falar sobre isso.

3. Fique de olho na postura!
A má postura pode sobrecarregar a ATM e os músculos mandibulares, agravando o quadro da disfunção. Atenção especial ao uso de telas, pois é quando ficamos mais desatentos em relação a isso.

4. Durma bem e não esqueça de beber água
O sono é um importante regulador do organismo, bem como a hidratação, e ambos têm impacto sobre a DTM.

5. Evite hábitos nocivos
Evite hábitos que sobrecarregam a mandíbula como apoiar a mão no queixo, morder tampa de canela ou haste dos óculos, roer unhas, mascar chiclete, diminua o consumo de cafeína e o uso de telas, principalmente antes de dormir.

Não só pode como deve! A atividade física é sempre um aliado quando falamos em dor crônica. Ela ajuda a liberar substâncias no corpo que são importantíssimos para várias coisas, incluindo controle da dor.

O recomendado é que seja feito pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica por semana.

Mas ATENÇÃO! Atividades que exigem uso de força devem ser evitadas ou feitas com orientação do especialista em DTM.